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Como Inglaterra, Espanha e Estados Unidos lidam com as apostas esportivas?

ESPN destacou como os três países combatem irregularidades e asseguram a integridade esportiva.

O futebol brasileiro atravessa um período conturbado em função das apurações da Operação Penalidade Máxima, realizada pelo Ministério Público de Goiás, sobre um esquema de manipulação de resultados nas Séries A e B do Brasileirão 2022 e campeonatos estaduais deste ano. A ESPN detalhou como três países regulamentam e reagem tanto às apostas esportivas quanto a tentativa de manipulação.

Espanha

Casas de apostas estavam ganhando espaço no futebol espanhol e patrocinando clubes da LaLiga e transmissões de jogos. Em 2021, um decreto do governo regulou a publicidade neste setor. A questão se concentra no jogo responsável, com anúncios na TV permitidos apenas no decorrer da madrugada.

Algumas marcas ainda mantém parcerias com clubes e atletas, todavia, esse tipo de publicidade somente pode ser realizada fora da Espanha. Apesar das restrições, o faturamento das casas de apostas triplicou desde 2015. No ano passado, a Espanha lucrou aproximadamente 1 bilhão de euros no segmento de apostas esportivas.

Cerca de 77 casas de apostas contam com sede no país. Para operar no território espanhol, há a obrigatoriedade de possuir uma licença, com um órgão fiscalizando a prática, com 20% do faturamento destinado ao Ministério da Fazenda. A LaLiga, por sua vez, investiga qualquer ação suspeita, com os casos enviados para autoridades legais.

Estados Unidos

Desde 2018, as apostas esportivas foram liberadas pela Suprema Corte dos Estados Unidos, desde que reguladas nos estados. Hoje, 33 dos 50 estados autorizam a prática. Outros três estão se articulando para legalizar essas operações em breve.

Em 2018, um estudo da associação de esportes americanos em Nevada, então único estado que contava com apostas como atividade legal, apontou que os valores movimentados giravam na casa dos 5 bilhões de dólares. No ano passado, as quantias chegaram a 220 bilhões.

Um levantamento recente da CRG Global revelou que 67% dos norte-americanos acompanham à NFL com mais regularidade devido às apostas realizados, com a NBA aparecendo na vice-liderança do ranking, com 57% dos fãs utilizando esse argumento.

Sete jogadores da NFL foram suspensos por desrespeitar a política da liga. Calvin Ridley não participou da última temporada por ter apostado na vitória do seu time na ocasião, Atlanta Falcons. A Operação Penalidade Máxima chegou a MLS, após o nome do brasileiro Max Alves (Colorado Rapids), com as equipes ressaltando as normas da liga esportiva.

Inglaterra

Conforme a ESPN, as casas de apostas são muito fortes no país. Algumas casas estão instaladas até nas portas de estádios da Premier League e patrocinando vários times relevantes, como Everton, Newcastle e West Ham.

Todavia, as próprias equipes decidiram não aceitar mais empresas do setor como patrocinadores másters a partir da temporada 2026 / 2027.

As casas de apostas foram legalizadas em 1960. Em 2005, a Gambling Commission foi criada para fiscalizar o mercado. Os profissionais ligados a alguma modalidade estão terminantemente proibidos de realizar apostas. O caso mais recente envolveu Ivan Toney, atacante do Brentford, que fez mais de 200 apostas esportivas entre 2017 e 2021, sendo suspenso por oito meses. Contudo, ele não foi acusado de manipulação de resultados ou jogos.

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