Itália, Espanha e Alemanha são mais restritivos aos acordos que os clubes podem fechar com as casas de apostas; Brasil prepara medida provisória sobre o assunto
Os principais centros do futebol da Europa apresentam várias diferenças na regulamentação das apostas esportivas, em especial no que é permitido ou não no patrocínio das casas de apostas aos clubes. O ge traz abaixo informações sobre o tema, cujas regras estão em discussão no Brasil.
Não existe na legislação da União Europeia campo específico para o serviço de apostas. Cada país tem autonomia para organizá-lo. A maioria permite certos tipos de jogos de azar pela internet. Alguns liberam todos, enquanto outros só deixam apostas, pôquer e jogos de cassino.
Espanha: regulamentação em 2011
O mercado de apostas foi regulamentado na Espanha em 2011. O organismo nacional para regular o setor e emitir licenças aos operadores é a Direção Geral de Ordenamento do Jogo (DGOJ).
Em outubro de 2020, o governo da Espanha avisou que os clubes da LaLiga teriam que encerrar parcerias publicitárias com casas de apostas até o fim da temporada 2020/21. Naquela época, sete clubes tinham patrocínio na camisa, assim como a liga. A regulamentação da publicidade de apostas online veio através da Lei Garzón, em agosto de 2021.
Os clubes foram proibidos de firmar contratos que impliquem publicidade nos uniformes, no nome dos estádios e nas competições.
LaLiga conta com uma tecnologia que consegue exibir casas de apostas somente nas transmissões internacionais. A liga espanhola, por exemplo, não pode dar visibilidade à casa de apostas Codere (sua parceira) em âmbito nacional, mas consegue atender a Rushbet na América Latina.
Questionada pelo ge, LaLiga não comentou o impacto das mudanças nas regras desse tipo de patrocínio para a arrecadação dos clubes.